Mesmo assim, parece ser a única pessoa ligada a um dos grandes partidos a pôr o dedo na ferida. Regressou por umas horas à Assembleia da República para falar na comissão anticorrupção.
Eis algumas frases e ideias expressas retiradas da notícia do Público:
- "A corrupção política está à solta"
- "despartidarizar a administração pública e escolher dirigentes públicos pelo mérito e competência"
- Defendeu o fim de nomeações políticas em "toda a administração directa e indirecta, gestores de sociedades de capital público e em empresas onde há participação do Estado".
- Apresentou uma solução para os processos de contratação de dirigentes, com a inclusão de uma comissão independente mandatada para organizar o processo de selecção, aberto a todos os cidadãos, propondo depois "dois ou três candidatos".
- A actual lei, denunciou, "conduz à partidarização", falando mesmo em "casos significativos" em Portugal de "manifestações de redes de tráfico de influência que desviam a administração dos seus objectivos últimos".
- "Não podemos continuar a ter um governo sem estratégia explícita de combate à corrupção", defendeu, para depois perguntar para que serviam "700 planos de anticorrupção" se o executivo não tomava em mãos a iniciativa.
- Sobre os offshores defendeu que "as entidades de que não se conheça o beneficiário último não poderá ter personalidade jurídica".
Não haverá nenhum dos deputados do PS ou PSD que pegue e desenvolva estas propostas?
Até em termos pessoais, seria bom para quem o fizesse. Podia ganhar inimigos dentro do seu próprio partido, mas ganharia um respeito e admiração no país.
E, na actual conjuntura, partido que recuse a adoptar medidas fortes e concretas anti-corrupção, arrisca-se a a ver reduzida a sua base eleitoral.
Outra notícia com mais propostas:
http://www.ionline.pt/conteudo/53348-joao-cravinho-a-corrupcao-politica-esta--solta
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